
Boletim Econômico – Maio
Balanço
No Brasil, a aprovação do orçamento com vetos, que somam cerca de R$ 20 bilhões, trouxe alívio para o mercado financeiro. O dólar teve queda de 3,50%, e encerrou o mês de abril cotado a R$ 5,40. O Ibovespa fechou em alta de 1,94% e zerou as perdas do ano. A curva de juros cedeu, principalmente, para os títulos de longo prazo – os índices fecharam em alta de 0,87% para IMA B5 e 0,45% para IMA B5+.
Situação
O aumento da Selic de mais 0,75% está dado e levou a taxa para 3,5% a.a. A inflação segue pressionada e o aumento na conta de luz, em virtude do anúncio pela Aneel da bandeira vermelha para maio, entra como fator adicional para avanço da inflação, além de antecipar novas doses de aperto da taxa básica de juro.
O risco fiscal e as expectativas diante do avanço da pandemia da Covid-19 atrasam a recuperação consistente dos mercados domésticos e faz com que os ativos internos operem com alta volatilidade. A curva de juros no mês de maio, até 04/05, apresentava abertura das taxas e o Ibovespa acumulava perda de 1% no mês.
Análise
O Ibovespa, gráfico 1, ainda não resgatou os 125 mil pontos registrados em janeiro. Aos 117 mil, há ainda uma diferença de 8 mil pontos. A força da economia americana, que vem batendo recordes históricos com o avanço da vacinação contra a covid-19, deve refletir positivamente no índice brasileiro.
Gráfico 1:
Gráfico 2:
A volatilidade de curto prazo da bolsa brasileira tem se mostrado alta – em um mesmo pregão, o índice Ibovespa oscilou entre 111.163 e 114.433 pontos. Entretanto, no longo prazo, a volatilidade tende a uma suavização, conforme demonstrado no gráfico 2.
Ao considerar a visão de longo prazo dos Planos de Benefícios e o nível dos preços dos ativos, algumas oportunidades identificadas pela BB Previdência foram aproveitadas, como o aumento das posições no segmento de Renda Variável, cujos fundamentos sugerem bom desempenho em um cenário mais benéfico no futuro.
A BB Previdência continua com a avaliação de outras oportunidades, tanto nas alocações em fundos de ações, como em fundos de investimentos imobiliários e exterior.
A previsão é de iniciar os aportes no segmento Imobiliário em maio, por meio de um fundo de investimento imobiliário, estruturado em parceria com a BB DTVM. Há estratégia de aquisição diversificada de cotas de fundos imobiliários negociados na bolsa de valores brasileira, B3, selecionados com base em metodologias quantitativas e qualitativas, de forma a buscar as melhores oportunidades nos diversos segmentos do mercado imobiliário, tais como imóveis AAA, condomínios logísticos, ativos de créditos imobiliários, dentre outros.
Com a estratégia definida para os investimentos no exterior, aguarda-se a correção do dólar para a execução dos movimentos em ativos sem hedge[1] cambial. Para ativos com hedge cambial, está em fase de conclusão a análise de um fundo, o qual terá seus aportes no mês de maio.
Abaixo carteira consolidada da BB Previdência.
Glossário
IMA
Índice de Mercado ANBIMA. – É referência para os investimentos em renda fixa.
IMA-B 5
Títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA com vencimento de até cinco anos.
IMA-B 5+
Títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA com vencimento igual ou acima de cinco anos.
[1] Hedge cambial – É uma proteção cambial, funciona da seguinte forma: no vencimento do contrato, se cotação da moeda estiver diferente do valor predeterminado, o vendedor do hedge paga a diferença ou cliente compra o câmbio pela taxa de mercado.