Boletim Econômico – Março

Boletim Econômico – Março

– Balanço
O mês de fevereiro foi marcado pelo descolamento do mercado brasileiro em relação aos países desenvolvidos. A falta de uma política consistente de combate à pandemia e a alteração na gestão da Petrobras tiveram forte impacto sobre os ativos internos. O Real se depreciou frente ao dólar, encerrando o mês cotado a R$5,5280. O Ibovespa fechou em queda de 4,57%, enquanto o estresse na curva de juros fez com que o IMA-B 5 fechasse negativo em -0,60% e o IMA-B 5+ em -2,33%.

– Situação
Em março, o cenário interno continua bastante desafiador, o país enfrenta o pior momento da pandemia, com nova cepa do vírus, recordes de mortes e colapso no sistema de saúde em vários estados do País. Sem um processo de vacinação definido e possível expansão dos gastos com o auxílio emergencial, a volatilidade nos ativos aumenta.

No início deste mês, o DI devolveu parte dos prêmios adicionados em fevereiro, porém a notícia da anulação do processo do ex-presidente Lula e a possibilidade de desidratação da PEC Emergencial pioraram o ambiente para os negócios, fazendo com que os juros voltassem a subir.

O dólar continuou subindo, influenciado pela piora do cenário interno somado à mudança do quadro internacional que foi puxada pelo movimento dos juros nos Estados Unidos.

– Análise
O Ibovespa, gráfico 1, passou de 125 mil pontos, registrados em 08/01/2021, para 110 mil pontos, em 08/03/2021. Ou seja, uma diferença de 15 mil pontos.

gráfico 1 – Ibovespa

No gráfico 2 estão apresentadas as médias móveis do Ibovespa para janelas de um mês e seis meses considerando-se dias úteis, MM22 e MM126, respectivamente. Nota-se que o Ibovespa está se aproximando da MM22, que pode denotar um ponto de entrada no Ibovespa, de acordo com a teoria de Análise Técnica de renda variável.

gráfico 2 – Série Média Móvel Ibovespa

Por outro lado, a volatilidade de curto prazo tem se mostrado alta. Em um mesmo pregão, o índice Ibovespa oscilou entre 107.319 e 111.540 pontos. No longo prazo, entretanto, a volatilidade tende a se suavizar, conforme demonstrado no gráfico 3.

gráfico 3 – Volatilidade Ibovespa

Dado o objetivo de rentabilidade de longo prazo para um EFPC, o nível atual dos preços dos ativos representa uma oportunidade para aumentarmos posições de renda variável nos fundos já alocados nesse segmento pela BB Previdência, cujos fundamentos indicam que terão boa performance em um cenário mais benéfico.

Além disso, tendo em vista a alta correlação entre os índices Ibovespa e IFIX, considera-se também um bom momento para as alocações em fundos de investimentos imobiliários, sendo que a Gerência de Investimentos da BB Previdência está em fase de conclusão de estudos para este segmento.

Quanto a alocação em fundos no exterior, apesar da estratégia já estar definida, leva-se em conta a acomodação do dólar, dado que sua cotação impacta diretamente nos resultados dos fundos selecionados, que não possuem hedge cambial.

– Glossário
DI
Depósitos interbancários.

IMA
Índice de Mercado ANBIMA.
É referência para os investimentos em renda fixa.

IMA-B 5
Títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA com vencimento de até cinco anos.

IMA-B 5+
Títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA com vencimento igual ou acima de cinco anos.

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